quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Leia e, se puder, escute dentro de si

É impressionante a (in)capacidade das pessoas de audição. Nascemos com este sentido propenso a facilitar o processo de comunicação. Não sei quanto a você, no entanto não consigo assimilar a situação corriqueira, de que quando um fala, o outro escuta. Essa é uma inverdade, porque não é o que acontece. O comum, quando alguém fala, é o outro já pensar em que ponto discordar.
Quando iniciamos um bate-papo, geralmente, entre amigos, há debates e discussões, a maioria acaloradas, porém, de forma amigável (normalmente), cria-se um consenso. Contudo, no diálogo entre pessoas que não possuem intimidade, o resultado de uma discussão sempre é agressivo e odioso. Isso ocorre motivado pela competição, o anseio por superar o “colega” e daí surge uma inimizade.
Culpa de quem? Eu pergunto. Desejaria estar errado, mas é assim que penso e conto agora ao leitor. A culpa é minha, sua, de todos que não se importam com o lado alheio. Eu não tenho completa razão, nem você. Cada um tem sua visão, seu conhecimento. “Falta apenas uma palavrinha para reinar nesta discussão: RESPEITO. Alguém concorda? Se discorda, eu respeito sua decisão. Você respeita a minha opinião? Sim? Não? A questão de respeitar o outro leva a outra, a personificação do caráter.
Considero uma pessoa sem caráter, qualquer ser humano egocêntrico, que só sabe pensar em si e falar de si. Já repararam que esses pobres coitados contam apenas vantagem e falam “de tudo de bom que fizeram hoje”, principalmente ações relativas a trabalho. Além disso, quando não são “os centros das atenções”, ficam nervosos, irritadinhos, e tentam aparecer de qualquer forma. Quando estão tristes, aproximam-se de quem pensam ser ingênuos para conversar (não é diálogo, é conversa). E como falam.
Escutar, saber ouvir, seja um familiar, amigo ou conhecido, duvido que façam. Questiono-me: para que serve tanto orgulho? Custa ser compreensivo e agir com amizade?...RESPEITO?
A fortuna desse povo é o conhecimento. São tão capazes que, com um sorriso amarelo nos dentes, uma simpatia fingida e uma conversa fiada, conquistam o próximo. A minha missão é dizer a verdade a essas pessoas, mesmo que elas me odeiem, mas, no mínimo, elas vão ouvir. Assim espero!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

E o Oscar vai para...

Acompanhava, na noite de ontem, ao evento mais importante da sétima arte em todo o planeta e fiquei maravilhado com o luxo daquela festa. Realmente, aquilo é um mundo fantástico. O tapete vermelho estendeu-se para os personagens compositores da obra cinematográfica.
Fiquei, até certo ponto, surpreso pela organização da 80ª edição do Oscar. Nem parece que a Academia havia passado por uma crise devastadora, esta causada pela greve dos roteiristas, apoiada pelos atores, e que tem a aprovação de quem escreve aqui.
Vale lembrar que a internet é um meio de comunicação tão poderoso (acredito que até mais) quanto qualquer um, e os roteiristas tinham o direito a reclamar por $$$. Afinal, eles criam (ou adaptam) muitas das histórias. Resultado da greve: alguém aí assistiu à cerimônia do Globo de Ouro?
Apresentada por Jon Stewart (para quem não o conhece, recomendo que veja seu programa), ele deu o tom humorístico mais debochado e provocador que faltava ao Oscar, pois se tornara cansativo o “carisma” de Billy Cristal.
Resumindo, foi bem legal (e diferente) ver a cerimônia sem que tenha acompanhado nenhum dos principais filmes. Louvável o prêmio para Daniel Day-Lewis e Javier Bardem. Não assisti a nenhuma das atuações, mas quem não se lembra do Daniel em Gangues de Nova Iorque, ou ainda muito jovem, com o prêmio concedido por sua atuação em Meu pé Esquerdo. O espanhol mandou bem em outros filmes de menor expressão, portanto gostei muito dele ter vencido.
Fico satisfeito pelo reconhecimento aos estrangeiros neste ano. A francesa Marion Cotillard (perdoem-me se ela não for francesa ou se seu nome estiver errado) foi a melhor atriz, assim como a inglesa Tilda Swinton, contemplada como atriz coadjuvante do ano. Os norte-americanos (parece que finalmente) perceberam que o resto do mundo também sabe fazer cinema.
Para quem considera pretensão, de minha parte, comentar sobre cinema, fica registrado que fui ao cinema ver o segundo filme vencedor da noite, pois Ultimato Bourne (só acreditei porque vi) levou três estatuetas (edição, som e mixagem de som), número inferior apenas ao melhor filme do ano, (que devo ver brevemente) Onde os Fracos Não Têm Vez, detentor de quatro.
Torço para que, logo, nós, brasileiros, vençamos um Oscar. É muito glamouroso estar presente em uma celebração como essa, mas creio que evoluímos e estamos próximos da glória. Ganhamos o Urso de Ouro este ano, com o muito controverso e não menos interessante Tropa de Elite. Vencer o Oscar tornou-se questão de honra. Até porque somos capazes.

Observação: o autor do blog não é incoerente. É claro que fiz uma crítica ferrenha ao comportamento humano, e o desafio ao qual me lancei no texto anterior, pretendo cumprir. Porém, há momentos em que somos tomados pela beleza, pela fantasia. O cinema é uma arte, que assim como as outras, contagia. Graças a essa manifestação, por instantes, posso esquecer a “atuação” e o comportamento “dissimulado” de certos indivíduos que a vida nos apresenta. Péssimos atores, que se intitulam pessoas “originais”, quando mal passam de figurinhas carimbadas. O desafio, nessa hora, é tentar ser o Celius_Malone pacífico e educado. Pois o desejo é de “interpretar” um barbeiro demoníaco, tal como o Johnny Depp. O final, assistam para entender.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Desafio do autor

Para quem está lendo, obrigado. Espero que gostem do que estão por ler.
Apesar da insistência em odiar o meu modo de escrever e a relutância em publicar meus pensamentos, canso-me desta obscuridade que acompanha minhas reflexões.
Escrevo aqui por não mais agüentar ser apenas um "Zé Ninguém" no mundo.Pobre de espírito, tenho pena de minha própria pessoa. Como o ser humando consegue fazer de sua existência uma tremenda perda de tempo.
Cá entre nós, somos todos animais! É bem provável que algum engraçadinho rirá de minha afirmação. "Ah, mas é claro que somos todos animais!". Para esse, digo apenas que ele é hediondamente (de forma hedionda, não sei se é assim que escreve) o mais ingênuo deles.Para os mais politizados, acredito que esses me entendam, refiro-me à completa falta de sensibilidade do homem e da mulher (atualmente é preferível expressar a mulher primeiramente, depois o homem) relacionada ao prazer.
Todos, e assim incluo-me no ciclo, demonstramos a nossa incapacidade de demonstrar os sentimentos. Temos a ânsia pela superioridade, desejamos o destaque e reconhecimento do próximo (do distante também...não é piada). A cobiça, a ambição por querer superar o outro corrompe o instinto básico das pessoas, que é o de convivência e união.Dessa maneira é na política, na economia, no esporte (o importante é competir...alguém se lembra?). A História traz um longo processo de conquista. Com ela, a destruição.
Hoje olho para o lado e vejo o "meu colega". Seus olhos sedentos, possuídos por conhecimento para acabar comigo ou "aquele que está atrasado".Sempre tive medo de propor idéias, nunca pensei em salvar alguém, porém é o momento de exibir meu objetivo de vida. Sujeitei-me à provação de "derrubar este muro", "bombardear o campo da irritação" e "caminhar por este campo minado", que é a mente humana.
"Espalhem aos quatro cantos" que o autor deste blog é um arruaceiro e irá mudar a ordem natural do planeta, que chegará ao seu fim provocado pela ação das "criaturas" divinas.
A princípio, sem nome, "sem lenço, nem documento" (já dizia a música da Tropicália), canto minha obra para os poucos amigos que tenho. A missão deles é passar minha mensagem aos seus amigos, para que sucessivamente, chegue aos olhos de muitos.Peço que vocês pensem no que digo, comentem, e, se não entenderem minhas letras, perguntem. Não tenham mais medo, como eu tive. Qualquer reação, mesmo contrária, será benéfica.
Desafio os leitores a serem questionadores. Também imploro para que ameaçem o autor a deixar de ser apenas um "Zé Ninguém".